Após a crise de 1383 - 1385, durante a qual Portugal e Castela guerrearam, os reinos Ibéricos encontravam-se em relativa paz, e tiveram a oportunidade de se expandir. Assim, eles conquistaram colónias em todo o mundo, adquirindo colónias não só em impérios bem estabelecidos como também em continentes completamente desconhecidos.

A caravela, navio inspirado em embarcações já usadas na faina da pesca, marcou os descobrimentos. Era ágil e de fácil navegação, com um peso entre 50 a 160 toneladas e 1 a 3 mastros com velas latinas triangulares que permitiam bolinar (navegar contra ventos desfavoráveis). A pouca capacidade de carga e tripulação eram os seus principais inconvenientes, mas que não obstaram o seu sucesso.

No século XIII era já conhecida a navegação astronómica através da posição solar. Para a navegação astronómica os navegadores recorriam a instrumentos de navegação árabes, como o astrolábio e o quadrante, e inventaram outros, como a balestilha, para obter no mar a altura do sol e de outros astros, como das estrelas do Cruzeiro do Sul.

Os escribas são personagens de destaque na época dos descobrimentos: figuras como Pero Vaz de Caminha são cruciais em permitir que as experiências dos navegadores cheguem até nós.