A opinião da comunidade escolar em relação à não obrigatoriedade do uso de máscara.
Escrita e Organização: Catarina Ribeiro e Leonardo Mendo
Revisão: Prof. Laurinda Silva
Data: 13/05/2022
Há exatamente três semanas, foi decretada a não obrigatoriedade do uso de máscara de proteção em quase todos os locais, nos quais se incluem as escolas. Excetuam-se, apenas, os sítios de prestação de cuidados de saúde (hospitais, centros de saúde, clínicas de saúde, ...), os lares residenciais e os transportes coletivos.
Desde então, é cada vez mais frequente cruzar-se com alunos, professores e auxiliares, sem máscara, nos corredores. Porém, a posição não é consensual entre todos e daí deriva a iniciativa d'O Rouxinol de organizar um inquérito para recolher as opiniões de diversos membros da nossa comunidade escolar sobre esta, ainda recente, diretiva.
A população em estudo limita-se aos professores e alunos da nossa escola, uma vez que estes representam a vincada maioria do público alcançado pelo teu jornal através das suas redes. No que diz respeito às 80 respostas, 91,2% foram enviadas por alunos e os restantes 8,8% por professores, sendo 60% do público do sexo feminino e 40% do sexo masculino.
No que toca aos anos que os alunos frequentam, as respostas já são mais abrangentes:
Para a questão "Ainda usas máscara?", obtiveram-se as seguintes respostas:
Quem respondeu “depende da circunstância em que estou”, usou como exemplos: os lugares ainda obrigatórios, o contacto com pessoas infetadas, os aglomerados de pessoas, alguns espaços fechados como centros comerciais e, também, em caso de sintomas de constipação, de forma a proteger as outras pessoas.
Ao não fazer uso da máscara de proteção, a comunidade sente-se:
Quando interrogada objetivamente sobre a sua concordância ou discordância com a diretiva e a altura em que foi decretada, a comunidade divide-se:
Por fim, em resposta aberta, destacamos algumas das perspetivas gerais sobre a medida:
«Penso que, nos hospitais e nos sítios onde haja aglomerados de pessoas, deve continuar a usar-se máscara. Contudo, nas aulas, é interessante vermos as expressões faciais dos alunos porque nos ajudam a compreender se estão a entender a matéria»
«Libertadora! Sabe bem saber que, se estivermos cansados de estar com a máscara, podemo-la tirar»
«É necessária. Temos de regressar à normalidade de forma gradual. Nos últimos dois anos, a incerteza fez parte do nosso dia a dia»
«Eu continuo a usar, porque tenho medo do que os outros irão achar de mim. Não concordo que os professores nos obriguem a tirar a máscara. Uma vez, uma professora pediu aos alunos para que a tirassem. Alguns tiraram, outros protestaram. Eu tirei e voltei a pôr. A professora só queria ver as nossas caras. Acho que este exemplo serve para mostrar o quanto os jovens criaram inseguranças e no quão importante é falar desta temática»
«Embora seja necessário voltar à normalidade, foi uma medida precoce dadas as circunstâncias e os casos ativos. Por um lado, o aumento do número de infetados faz com que o desconforto aumente, sobretudo nas pessoas que não tiveram COVID-19. Por outro lado, o ato de retirar a máscara foi importante para reforçar a nossa imunidade e as defesas do nosso organismo a outras doenças»
«Quanto ao uso da máscara nos transportes públicos, sou totalmente a favor, porque são locais onde se juntam pessoas provenientes de muitos lugares diferentes e que se deslocam para muitos sítios diferentes»
«Apesar de ser necessário "libertarmo-nos", penso que as pessoas veem esta situação como uma proibição à utilização de máscara e, portanto, recusam colocar a máscara seja em que situação for... Daí que não sou apologista da "liberdade" que nos está a ser concedida. Já devia ter sido implementada há mais tempo»
Este é o primeiro inquérito de maior abrangência organizado pelo teu jornal. Como este, contamos dinamizar muitos outros, com incidência em assuntos pertinentes para o todo da comunidade escolar. Nunca é demais lembrar que estamos abertos às tuas sugestões, não hesites em no-las-enviar.
Resta-nos, ainda, agradecer a todas as pessoas que participaram neste inquérito.
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